quarta-feira, 29 de julho de 2009

Masquerade!

Não existem rostos, apenas máscaras e mais máscaras. Algumas mais perfeitas, outras imperfeitas e outras são escolhidas de acordo com a conveniência.

É o que diz Masquearade, de "The Phantom of the Opera" (a música mais realista, por sinal): "esconda o seu rosto, então o mundo nunca o encontrará".

"Nunca o encontrará". Eis a meta. Máscaras são feitas para esconder um verdadeiro eu que - com sinceridade? - não me é crível.

Não é mentira: Rostos não existem.
Máscaras escondem qualquer coisa menos rostos, acho até que o oposto deles, não-faces abstractas ou anti-rostos.
Nada realmente concreto, palpável, existente.
Máscaras são para esconder vazios - existenciais, presenciais, da personalidade. Aliás, que personalidade? Se o mundo não passa de atitudes pouco-criativas, nunca inéditas, jamais originais, copiadas sim, repetidas sim, fruto de uma apredizagem.
A-PREN-DI-ZA-GEM.
Ou seja, alguém te ensinou a fazer o que tu fazes justo agora, comer, andar, escrever, pensar, amar, odiar, ignorar, foi o mundo que te ensinou. Alguém te ensinou a sentir e a repetir e a encenar as sensações, como máquinas, e as demonstrações dos sentimentos, como máscaras!


"Masquerade!
Every face a different shade ..
Masquerade!
Look around -
There's another mask behind you!"

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