
Mas de nada adianta saber, porque quando o ciúme chega, toda a razão se esvai. O que impera é uma espécie de lente de aumento, tornando qualquer situação numa grande probabilidade de perda daquilo que se ama.
É difícil explicar o ciúme, porque ele não se baseia em factos reais, mas no modo como o ciumento interpreta tais factos. O ciumento parece estar constantemente em alerta, pronto para obter, a prova de que as suas suspeitas estavam certas. É um bom exemplo para o ditado que diz que quem procura, sempre encontra. Ele está sempre a procurar algo que o valide, que lhe dê a ele a sensação – ainda que seja a mais temida e a mais dolorosa – de que realmente estava certo.
Se o ciúme incomoda e faz mal, certamente está na hora de parar de lutar contra ele, tal qual um Don Quixote a lutar contra os moinhos de ventos, e descobrir a ponta do fio da meada; somente assim se conseguirá desatar os nós.
Não se trata, portanto, de lutar contra nós e os nossos sentimentos, mas de acolher-nos compreender-nos e transformar-nos. Afinal, o ciúme nada mais é do que a percepção (ainda que inconsciente) de que não temos garantias e nem controlamos o que o outro sente e pensa. É a certeza de que, por mais que tentemos, nem sempre conseguimos ser o centro dos desejos dele.
Mais do que amar o outro, o ciumento quer possuí-lo, considerando que o desejo da posse pode ser exercido de muitas maneiras diferentes. De acordo com as crenças de cada um, a prática e a expressão do ciúme ocorrerão de formas distintas.
Vamos descrever alguns tipos de ciumentos, até para elucidar algum menos atento de que o seu sentimento é ciúme, embora ele tente – o tempo todo – garantir que não, dando outros nomes ao que está a sentir, tais como cuidado, respeito, educação, atenção, amor, etc.
Mais do que amar o outro, o ciumento quer possuí-lo, considerando que o desejo da posse pode ser exercido de muitas maneiras diferentes. De acordo com as crenças de cada um, a prática e a expressão do ciúme ocorrerão de formas distintas.
Vamos descrever alguns tipos de ciumentos, até para elucidar algum menos atento de que o seu sentimento é ciúme, embora ele tente – o tempo todo – garantir que não, dando outros nomes ao que está a sentir, tais como cuidado, respeito, educação, atenção, amor, etc.
Ciumento-bicudo: é aquele que, ao ver ou imaginar uma situação em que lhe parece evidente a possibilidade de perder a pessoa amada ou simplesmente deixar de ser o foco da sua total atenção, fecha-se...
Ciumento-vingativo: é aquele que, diante dos sentimentos citados acima, comuns a todos os ciumentos, apressa-se em dar...
Ciumento-barraqueiro: este tipo é o que não pensa duas vezes antes de sair dando...
Ciumento-coitadinho: é o tipo que acredita que está sempre a ser enganado, traído, desconsiderado. Julga o outro e as demais...
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