O ministro da Presidência anunciou, esta quinta-feira que o Primeiro-ministro, José Sócrates, fará uma declaração ao País. Pedro Silva Pereira disse, na conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal do Conselho de Ministros, que o chefe do Governo decidiu falar aos jornalistas na residência oficial de São Bento, em Lisboa, depois da divulgação do comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) e do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) sobre o caso Freeport.
Questionado sobre a hora a que José Sócrates falará, o ministro da Presidência referiu apenas que será «hoje ainda». Interrogado ainda se entende que as mais recentes notícias sobre o caso Freeport poderão afectar a imagem ou a acção do Governo de maioria socialista, Pedro Silva Pereira insistiu não ter comentários a fazer.
Enquanto o ministro da Presidência fazia estas declarações aos jornalistas, a PGR divulgava o comunicado referido por Pedro Silva Pereira onde confirma o recebimento da carta rogatória enviada pelas autoridades britânicas.
O gabinete de Pinto Monteiro esclarece que estão a ser efectuadas perícias sobre diversos fluxos bancários e diligências várias, consideradas prioritárias.
A PGR diz que a carta rogatória inglesa foi recebida no Departamento Central de Investigação e Acção penal a 19 de Janeiro e vai ser cumprida, como tem acontecido durante a investigação.
A Procuradoria-Geral da República esclarece que a carta rogatória inglesa que recebeu «não contém nenhum facto juridicamente relevante» para a investigação do caso Freeport, e reitera que não há arguidos ou suspeitos processo.
Face ao «alarme social» que o caso tem suscitado, a PGR refere que «os alegados factos que a Polícia inglesa utiliza para colocar sob investigação cidadãos portugueses são aqueles que lhe foram transmitidos em 2005 com base numa denúncia anónima, numa fase embrionária da investigação, contendo hipóteses que até hoje não foi possível confirmar, pelo que não há suspeitas fundadas».
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