
Sabe até onde é possível entrar num bosque? A resposta é: “Até a metade dele”. Isso mesmo. Até a metade, estamos a entrar, daí para frente, já estamos a sair do bosque.
A arte de educar
Os pais devem impor limites aos filhos, estimulá-los a participar na rotina familiar, ensinar-lhes regras de convívio social, transmitir-lhes uma série de valores e mantê-los afastados de perigos em geral, principalmente de vícios. Enquanto fazem isso com amor e firmeza, estão a educá-los, quando os estão a super proteger, estão a criar expectativas irreais nas crianças que acham que são os "maiores" e só protelam a sua entrada na fase adulta, acabando estes por encarar a vida de maneira infantil até muito tarde, senão para sempre, pois criam uns seres totalmente irresponsáveis e egoístas que só se preocupam com eles.
Tudo o que fazem é a pensar no que o filho (a) gosta ou não gosta, estes, por sua vez, exigem cada vez mais e exigem que as suas vontades prevaleçam sobre os pais. Na tentativa de se tornarem amigos dos filhos, boa parte dos pais tomou o liberalismo como forma de aproximação e esqueceu-se que é pai acima de tudo, amigos são os amiguinhos da escola, da faculdade, etc.
A linha que divide o bosque ao meio é muito ténue e corre-se o risco de ultrapassá-la com muita facilidade.
Se o menino gosta ou não gosta de limites, não vem ao caso. O facto é que ele precisa de limites para ter uma vida saudável. Segundo o pedagogo Antonio Carlos Gomes da Costa, em entrevista publicada no Portal do Professor, no website do Ministério da Educação, “os jovens precisam de limites e, de certa forma, reivindicam-nos.
Dar limites aos filhos é uma prova de amor! Ninguém pode fazer tudo o que quiser, pois a vida não é assim. Portanto, os pais têm de ensinar isso aos seus filhos desde cedo.
Os pais têm de aprender a dizer “não” e os filhos têm de aprender a ouvir e acatar o “não” que lhes for dito. Pais muito permissivos são tão ou mais prejudiciais para os jovens do que aqueles demasiado severos e castradores. E os pais tornam-se permissivos porque abrem mão do seu papel de educador sob o pretexto de tolerância ou de modernidade.
Assim, jovens sem limites acabam por se envolver no que não devem ... A vida do jovem sem limites torna-se uma aventura cujo final pode ser tudo, menos feliz.
Actualmente, a permissividade alastrou-se tanto, que, se um jovem for a conduzir alcoolizado e atropelar e matar uma pessoa, muita gente fica com pena do infractor e justifica o comportamento dele, chegando a dizer: “Matou, mas não foi de propósito...Ele só se queria divertir .
Educar não passa nunca pela anulação da posição dos pais!
ResponderEliminar