sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Mitos e Verdades do Chocolate É afrodisíaco e vicia? Causa acne e celulite?


Afinal, o que há de tão especial no chocolate?

Existem pessoas com verdadeira compulsão e que chegam a fazer acompanhamento psicológico para tratar do vício, tamanho é o desejo irrefreável que sentem pelo chocolate.

Além disso, bombons são um presente bastante comum entre casais apaixonados - mas de onde vem esta sua fama romântica?

O chocolate é afrodisíaco e vicia
Parece que o chocolate, assim como o café e o chá, possui uma capacidade incomum para interagir com a química cerebral.<>

Os pesquisadores também descobriram que o chocolate - assim como a cafeína - estimula a produção de um produto químico chamado feniletilamina. Esta substância tem sido associada há algum tempo ao "sentir-se apaixonado". É provável que explicação da sensação de extremo bem-estar ao devorarmos uma caixa de bombons passe por este caminho.

O chocolate contém nutrientes essenciais para a energia, bom humor e prevenção da insónia. Alguns destes nutrientes estão ausentes em boa parte da dieta e os cientistas acreditam que o chocolate seja a sua principal fonte. Comer vegetais folhosos verdes, como brócolos, é uma boa maneira de evitar o desejo intenso por chocolate, pois substitui algumas das substâncias que produzem o "vício".

O chocolate causa acne

Muitos dos velhos mitos sobre o chocolate e a saúde estão desmoronando sob o peso de factos científicos. Nas últimas duas décadas, as pesquisas mostraram que ele não causa - nem tão pouco agrava - os casos de acne. Um estudo, realizado no Departamento de Dermatologia da Escola de Medicina da Universidade da Pensilvânia, demonstrou que o consumo de chocolate não estava relacionado com o desenvolvimento ou agravamento da acne.

Chocolate provoca a cáries

Todos os alimentos que contêm carbohidratos fermentáveis podem contribuir para formação de cáries, mas o papel do chocolate nesta doença tem sido sobre-valorizado. Pesquisas no Forsyth Dental Center, em Boston, e na Escola de Odontologia da Universidade da Pensilvânia mostraram que o chocolate é capaz de anular o potencial acidificante do seu açúcar. Ainda, ele reduz a desmineralização - um processo directamente relacionado ao surgimento de cáries.

Pesquisas no Eastman Dental Centerin, em Rochester (estado de Nova Iorque) mostraram que o chocolate é rico em proteínas, cálcio, fosfatos e outros minerais, todos eles reconhecidamente protectores do esmalte dentário. Em resumo, o açúcar contido no chocolate pode causar cavidades nos dentes, mas não é mais perigoso que o açúcar contido nos demais alimentos. O que importa é uma boa higiene bucal, e não o tamanho da caixa de bombons.

O chocolate não contém nutrientes e ainda por cima engorda
As pessoas tendem a superestimar as calorias do chocolate. Uma barra média contém cerca de 210 calorias. Ao contrário da crença popular, a maioria das pessoas acima do peso ideal não comem quantidades excessivas de bolos, doces e similares. Na verdade, a ingestão de açúcar nestas pessoas tende a estar abaixo da média. Mais importante para o controlo do peso é o total de calorias consumidas por dia e a quantidade de energia gasta em actividades físicas.

O chocolate contém mais de 300 substâncias químicas diferentes e vários nutrientes necessários ao corpo. Calcula-se que uma barra média contenha:

  • 3 gramas de proteína
  • 15% da necessidade diária de riboflavina
  • 9% da necessidade diária de cálcio
  • 7% da necessidade diária de ferro

A gordura (manteiga) presente no cacau dá ao chocolate a sua textura característica. Pesquisadores mostraram que esta gordura não aumenta os níveis sanguíneos de colesterol, principalmente devido ao alto conteúdo de ácido esteárico. Mais ainda: pesquisas recentes na Universidade da Califórnia mostraram que o chocolate apresenta níveis elevados de produtos químicos conhecidos como flavonóides e fenólicos - e sabe-se que alguns fenólicos podem diminuir o risco de doenças cardíacas.

Recentemente, por exemplo, pesquisas mostraram que doses moderadas de vinho tinto (um cálice por dia) exercem efeitos benéficos sobre o coração e acredita-se que isto se deva exactamente à presença destes compostos na bebida. Pois eles também estão presentes no chocolate.

Compulsão por doces

O consumo compulsivo de doces está ligado a problemas psíquicos e orgânicos. Esta é a conclusão de especialistas em nutrição que se basearam em pesquisas e entrevistas com mulheres que têm uma vontade quase irresistível de comer doces, que verificaram que a voracidade por bombons pode ser tão doentia quanto a dependência do álcool ou drogas.

A ingestão de doces geralmente é para compensar algum problema ou melhorar o humor de quem sofre da compulsão. Mas, depois, irremediavelmente, os devoradores de doces começam a ter pesadelos com a balança. É natural.

Nas últimas décadas as pessoas seguem padrões de beleza que as obrigam a desejar um corpo esguio e perfeitamente modelado e, nos consultórios, as queixas são conhecidas: se a pessoa é gorda, o consumo de doces é seguido de complexo de culpa e de recriminações sobre a falta de força de vontade.

Investigadores afirmam que a compulsão pode ser uma adaptação do organismo para suprir a deficiência de seretonina, um dos neuro-transmissores responsáveis pela comunicação entre os neurónios.
A serotonina também interfere no estado de humor e na sonolência e, quando há uma diminuição dessa substância no cérebro, a pessoa sente necessidade de ingerir açúcar.

Mas é possível comer sem culpa, desde que haja um mínimo de autodisciplina. Quem tiver uma vontade incontrolável de comer doces e não for diabético, pode optar por compotas de fruta ou outros doces sem gordura.
O doce parece ter um significado afectivo na maioria das famílias. E, em casos de carência de afectiva, a compensação acaba no próprio doce.

A maldade do chocolate negro...
Afinal onde estão os flavonóides?

Quando se fala de chocolate, espontaneamente salta um “hummm” da maioria das pessoas. Engorda, sim, devido ao açúcar e gordura que contém, mas também dá prazer em comer e alegra, dizem os entendidos. Isto porque contém elementos químicos que estimulam o cérebro e a circulação sanguínea. Comido com conta, peso e medida, também traz benefícios ao nível cardiovascular. As suas propriedades boas e más são reconhecidas.

O problema do chocolate está na gordura e açúcar adicionados. Algo que é relegado para segundo plano pelos apeciadores de chocolate negro, tradicionalmente amargo, pois, supostamente, este não será tão calórico. Mas não é bem assim. Um novo estudo, publicado na prestigiada revista científica “The Lancet” vem alertar para o facto de, apesar da sua cor, a maioria dos chocolates negros não terão os flavonóides que a fama lhes atribui.

Recorde-se que os favonóides são compostos químicos existentes em muitos alimentos (frutos, vinhos, chás, nozes...) e que actuam como antioxidantes naturais.

Diz o artigo que muitos fabricantes de chocolate removem os flavonóides por terem um gosto amargo, o que indicia que este alimento, sobretudo o chocolate negro, poderá ser enganador. «Quando os fabricantes de chocolate fazem doces, os sólidos naturais do cacau podem ser escurecidos e os flavonóides, que são amargos, removidos. Desta forma, mesmo o chocolate de aparência escura poderá não conter flavonóides», alerta o artigo.

Além disso, os consumidores também poderão ser enganados quanto à quantidade de flavonóides que poderá estar no chocolate, uma vez que os fabricantes poucas vezes fazem essa referência nas embalagens. Assim, para obter resultados benéficos para a saúde, refere o artigo que, quem ingerir ingerir chocolate amargo deverá, mesmo assim, reduzir a ingestão de outros alimentos calóricos.

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