segunda-feira, 2 de março de 2009

SUICÍDIO


"O suicídio faz com que os amigos e familiares se sintam seus assassinos"
(Vicent Van Gogh)


O termo suicídio foi utilizado pela primeira vez em 1737 por Desfontaines. O significado tem origem no latim, na junção das palavras sui (si mesmo) e caederes (acção de matar). Esta conotação específica a morte intencional ou auto-infligida. Num aspecto geral, o suicídio é um acto voluntário pela qual um indivíduo possui a intenção e provoca a própria morte.

O suicídio é a consequência de uma perturbação psíquica. A tensão nervosa que envolve, e culmina nos conflitos intrapsíquicos de gravidade acentuada, transtorna a tal ponto que a morte torna-se o único refúgio e a inevitável solução dos problemas. Inconscientemente, o suicida tentou depositar a culpa da sua morte nos outros indivíduos que compõem o seu ambiente social, principalmente nos familiares. Neste caso o suicídio funciona como um ''castigo''. É como revidar uma agressão do ambiente que o envolve.

Entre os jovens (faixa etária que compreende dos 15 aos 24 anos) o suicídio já é a terceira causa de morte, atrás apenas dos acidentes e homicídios.

Os conflitos mais comuns que desencadeiam os suicídios entre os jovens são encontrados na educação, criação e conduta familiar dos indivíduos. O sentimento de culpa imposto pelas chantagens emocionais, agressões, castigos exagerados, criação e imposição de uma auto-imagem irreal ao indivíduo, o abandono afectivo e a superprotecção, são as principais causas dos suicídios cometidos entre os jovens.

A soma desses, e outros factores menos relevantes, resultam numa desorganização da personalidade em desenvolvimento, desequilibra continuamente o sistema nervoso e desencontra o indivíduo do seu ego. Por consequências superficiais temos o bloqueio intelectual, a constante desmotivação pelas actividades quotidianas (como os estudos), a necessidade de uma fuga psíquica e o entorpecimento mental. Novamente o suicídio é o resultado mais grave dos desequilíbrios.

Indicadores de Risco

Geralmente o suicídio não pode ser previsto, mas existem alguns indicadores de risco:


  • Tentativa anterior ou fantasias de suicídio.
    Disponibilidade de meios para o suicídio.
    Idéias de suicídio abertamente faladas.
    Luto pela perda de alguém próximo.
    História de suicídio na família.
    Pessimismo ou falta de esperança.

    Suicídios no mundo:


  • No mundo suicidam-se diariamente 2000 pessoas.*
    Nos Estados Unidos são 30.000 suicídios por ano (quase 100 por dia).
    No geral, 7% dos suicidas sofrem de dependência alcoólica.
    Aproximadamente 90% de quem tenta, avisa antes.
    Em torno de 70% dos suicídios, acontecem em decorrência de uma fase depressiva.
    Quem já fez uma tentativa, tem 30% mais chances de repetir, do que quem nunca tentou.


  • * Esses valores podem ser maiores, pois muitos casos de suicídios são considerados acidentes.

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